Ontem no desespero destes sentimentos, tentei entregar-me ao sono esperando que algumas horas de de descanso me devolvessem alguma tranquilidade!
Mas, sem que te autorize, entras como um fantasma na minha casa, no meu quarto, na minha cama, no meu corpo, na minha mente, entras e entras e entras...
Uma lágrima teimosa correu pelo meu rosto...
E eu pedi a mim mesma, ao meu corpo, aos meus sentidos que parassem de te sentir de te mostrar á minha mente!
Ao olfacto pedi que parasse de me fazer sentir o teu doce cheiro que me inebria de paixão;
Ao paladar que me fizesse esquecer o sabor da tua boca húmida e quente que percorre o meu ser;
Ao tacto que me fizesse esquecer o toque da tua pele macia, de quando enroscas a tua mão na minha, de quando ela escorrega por dentro e por fora de todo o meu corpo;
À audição que parasse de ouvir a tua voz, que bate no meu cérebro como uma campainha em despique, quando me falas ao ouvido em susurros e me dizes "é tão bom";
À visão, Ah! a essa pedi tudo! Pedi que parasse de ver ver tudo. O teu sorriso, o teu rosto, o teu corpo, tudo, tudo, tudo ....
Pedi num todo ao meu cérebro que parasse de me lembrar a infinidade de saudades que tenho dos momentos que passámos juntos, da ressaca que o meu corpo ainda sente na ausência do teu.
E este silêncio, a que eu e tu e nós, nos remetemos.
Este silêncio que me atravessa com uma espada bem afiada e me despedaça por onde passa....
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